![]() |
![]() |
![]() |
|
![]() |
|
![]() |
Quero sentir a minha mão errante
errando em tua pele, sem destino.
Tua saliva eu quero penetrante
queimando minha boca, em desatino.
Quero em meu gesto a placidez do andante
e no meu peito o allegro libertino.
Quero inscrever a imensidão no instante
cristalizado em versos de Aretino.
Eu quero todas as paixões do mundo
e todos os amores em congresso.
E quero a eternidade do segundo
Num tempo sem partida nem regresso.
Quero um desejo lúcido, fecundo,
pecaminoso, cúmplice e inconfesso.
Victor Giudice.