sexta-feira, janeiro 28, 2005,
 

NA BOCA, NA LÍNGUA




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terça-feira, janeiro 18, 2005,
 

1,80 de mulher eim? Só minha! =)

 


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segunda-feira, janeiro 17, 2005,
 

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico

Ela. Usava carteirinha de passe livre; daquelas de deficiente, da cinturinha
para baixo, dos dedinhos para cima, dos olhos para o mundo, mas o seu nome
não era Valdison dos Santos. - Maria Rita, prazer, sou representante da Avon,
você está interessada em alguma novidade? Não? Sim? Talvez? Passo amanhã?
Não sabe? Sem dinheiro? No final do mês?

Valdi. - Oi mãnhi. - Oi Valdi; não foi dormi? - Não, eu vou assisti a reprisi
do filmi. - Valdi, você gostaria de ter um papai? - Ele ia morá aqui? - Ia. - Não ia
gostá não mãnhi. - Por quê? - Não quero dividi o meu quarto mãnhi. - É verdadi.

Bar. - Qual o seu nome mesmo? - Valter. - Você faz o que da vida Valter?
- Sou mestre de obras. - Hum; legal. - É. - É bom né? - É; e você? - Sou
vendedora da Avon. - Hum; legal. - É. - É bom né? - É; qual o seu nome esmo?
- Anderson. Você faz o que da vida Anderson? - Educação física. - Hum; legal. -
É. - É bom né? - É; e você? - Sou vendedora da Avon. - Hum; legal. - É. - É
bom né? - É; qual o seu nome mesmo? - Eduardo. - Você faz o que da vida
Eduardo? - No momento desempregado, mas eu era representante comercial
executivo. - Hum; legal. - É. - É bom né? - Ficar desempregado? - Não, ser
representante comercial executivo. - É; e você? - Sou representante comercial da
Avon. - É? - É.

- Gente, gente! Desculpa incomodá, mas eu preciso pedir a ajuda de vocês,
eu vim lá de Minas Gerais fazer um tratamento aqui, eu tomo remédio controlado,
fiquei até sem almoçá hoje, pelo amor de Deus gente, eu preciso da ajuda de
vocês. Obrigado, senhora, Deus te abençoe, sabia? pelo amor de Deus gente, eu
preciso da ajuda de vocês. Obrigado, moça, Deus te abençoe, sabia? pelo amor
de Deus gente, eu preciso da ajuda de vocês. Obrigado, senhor, Deus te abençoe,
sabia? - Sei.

Ponto. - A vida é um ciclo Maria Rita, começa no começo termina no inicio;
um dia cê há de se acertá. - Cê acha que se eu ir com você na igreja eu acho um
marido bom? - Claro, igreja é o melhor lugar pra acha marido, tudo gente honesta.
- Nos bar não deu certo mesmo, aquela conversa chata.

Ela. Usava carteirinha de passe livre; daquelas de deficiente, da cinturinha
para baixo, dos dedinhos para cima, dos olhos para o mundo, mas o seu nome
não era Valdison dos Santos. - Maria Rita, prazer, sou representante da Avon
você está interessada em alguma novidade? Não? Sim? Talvez? Passo amanhã?
Não sabe? Sem dinheiro? No final do mês?

Nivaldo. - Oi Mari. - Oi Ni; cadê o Valdi? - Foi dormi. - Que bom né?

Victor Tales.
 


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sábado, janeiro 15, 2005,
 

Abscesso cotidiano

- Lembra dele? O câncer de estômago? - Não, o gordo que era seu vizinho. - O câncer de estômago também era meu vizinho, de rua, não de casa. - Então, o gordo. - O que tem ele? - Ele está com câncer. - Mas e agora, ele vai ser o vizinho gordo com câncer? - Não sei. - Gordâncer? - Gostei disso, pode ser assim então. - Assim não confundimos, sempre tem amigo-secreto, melhor saber quem é quem.

- Aquela! - A magrinha casada com o advogado? - Isso mesmo. - Não sabia. - Pois fique sabendo. - Que vergonha não? - Não sei, os tempos são outros, podemos fazer de tudo hoje. - Será? - Não vê na TV, isso é normal hoje em dia. - Bolo de soja, o que mais vão inventar? - Gosto mais de bolo de cenoura. - Será que é gostoso?

A mãe. Desquitada. - Desquitada não que é feio Jaime, divorciada, melhor assim. - Claro mãe. - Isso é normal hoje, tem filho que até gosta, dois presentes de natal, de aniversário é dois de tudo. - Claro mãe. - Você sabe que não podia dar certo. - Claro mãe. - Seu pai não me dava mais atenção. - Claro mãe. - Ele não me amava mais filho. - Claro mãe. - Era um Deus nos acuda aqui em casa, ele só vinha pra jantar. - Claro mãe. - Não me procurava mais. - Claro mãe. - Eu amava seu pai Jaime. - Claro mãe. - Ele que não me amava mais. - Claro mãe. - Tinha uma amante, todo mundo sabia disso. - Claro mãe. - Você sabia? - Claro mãe. - Mas como filho? Você nunca me contou. - Claro mãe. - Não posso acreditar, você é meu filho saiu de dentro de mim, eu te carreguei por nove meses sou a pessoa que mais te ama nesse mundo. - Claro mãe. - Viu você me valoriza, o seu pai não, ainda bem que você puxou o meu lado da família. - Claro mãe.

- Como? - Cuma sacola de plástico, sabe, tem que se cuidar vai que eu pego AIDIS dele. - Do porco? Porco tem AIDIS? - Claro que sim. - Cara, não sabia. - Você falta muito as aulas de biologia Hermann. - Oscar, como você consegue foder um porco? - Cê não tá ligado mesmo, não era porco, era porca cara. Eu sou macho oras! - Foi mal veio. - É igual foder mulher eu acho, é bom, o problema é usar essa sacola de plástico da uma coceira no pinto. - Cara, não sabia. - Você falta muito as aulas de biologia Hermann. - Mas a porca gosta? - Deve gostar, faz uns barulhos estranhos, igual a minha mãe. - Sua mãe geme igual uma porca? - É tudo mulher cara, geme tudo igual. - Cara, não sabia. - Você falta muito as aulas de biologia Hermann.

Enforcado. A filha era putinha. A mulher era puta. A mãe era putona. Vinha de uma família de tradição, filhos da puta. - Foi por causa da filha. - Era puta né? - Das mais safadas. - Deus pai! - O pai não. - Não, não. - Não o quê? - Nada. - A família mal tem o que comer e eles vão enterrar ele com esse anel de ouro? - Coisa de tradição, eu acho. - Deus pai! - Não, o anel não é do pai. - Não, não. - Não o quê? - Nada. - Mas olha, dizem que não foi por causa da filha, foi por causa da mulher. - Era puta né? - Das mais safadas. - Deus pai! - O pai não. - Não, não. - Não o quê? - Nada. - Essa maquiagem não ta ficando boa. - Que isso ele ficou até mais novinho. - Isso de maquiar o defunto é muito chique não é mesmo? - Oh se é.

Victor Tales
 


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quinta-feira, janeiro 13, 2005,
 

Umnósentido

Clique aqui para ouvir (voz de Victor Tales)

(CLIQUE NA IMAGEM PARA OUVIR)

Meu corpo num copo
me arrotam e celebram
esses homens são feras
demarcam o território
me urinam no solo.

Os sirvo novamente
cachaça, pão e ostra
degustam a última gota
como se estivessem
com um deserto na boca.

Marina Ráz

 


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quarta-feira, janeiro 12, 2005,
 



Mico *_*






 


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terça-feira, janeiro 11, 2005,
 



Novos Signos







Os olhos se fecham
Corte no corpo de prata
É mais forte do que eu
E mais forte que Deus

Não faz parte do meu ser
Se entregar antes do fim
Bons Jardins do Éden
Não se esqueçam de mim

Sagitário e sua flecha
Com o amor na mira
Não tem medo e atira
Abre na dor uma brecha

Quando o vejo o meu peito
Você faz dele o teu leito
Cabe dentro de uma taça
O amor que te abraça

Não se esqueça
Que nessa noite inteira
Mesmo que não pareça
Não é beira
Do precipício

Letra/Música: Victor Tales.

Gravado com um MIC fuleiro com o gravador de som do windows, então não esperem qualidade.

 


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segunda-feira, janeiro 10, 2005,
 



+(






 


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domingo, janeiro 09, 2005,
 

Centauros e Ángeles

Clique aqui para ouvir (voz de Victor Tales)

(CLIQUE NA IMAGEM PARA OUVIR)

Vamos pousar,
conter as palavras no silencio.
O corpo que se espalha no ar,
entre espinhos
não vejo nem sinto.
Meu corpo imóvel,
meu dorso indistinto.

Marina Ráz

 


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sexta-feira, janeiro 07, 2005,
 

Canção da torre

Clique aqui para ouvir (voz de Victor Tales)
(CLIQUE NA IMAGEM PARA OUVIR)

Quando escrevo
penso branco,
sem entrevo.
Traço franco

meu desejo
sobre papel
como o vejo.
Faço um quartel

redor dele,
empunho armas
cavo valas.

- Cá nada entra
e nada mais,
amar, jamais!?

Victor Tales.

 


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quarta-feira, janeiro 05, 2005,
 

Bom eu vou tentar uma experiência com o blog, acho que vai ser divertido, para poder ouvir o "áudio-blog" (e quem sabe eu coloque imagem também) clique sobre o > do controle. Qualquer dúvida ou até mesmo sugestão poste nos comentários.

Algumas vezes o áudio pode demorar um pouco para carregar é só aguardar.









 


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