domingo, fevereiro 20, 2005,
 

Manual do sexo oposto

Pág. 65. Capítulo 1. Como uma planta. Tem que dar carinho, atenção só que não muito é claro, muito enjoa e faz murchar como água demais em planta. É necessário submissão, pois é você quem manda, é assim desde dos inicio dos tempos, não dê muita brecha para idéias isso pode gerar confusão.

Pág. 120. Capítulo 2. Xingue, algumas palavras chulas podem acender o desejo, dê presentes em troca de boas ações, pois nossa planta é como uma criança precisa ser mimada para obedecer.

Pág. 20. Capítulo 1. Plantas como essa são frágeis, precisam de sua proteção, água, calor, segurança e etc. Suas necessidades são imensas, mas sua beleza será maior a cada um dos seus desejos realizados.

Pág. 73. Capítulo 3. As emoções da sua planta são como as marés, sempre em constantes mudanças, é necessário sensibilidade para compreender cada uma dessas fases, respeite esses estados frenéticos de humor.

Pág. 98. Capítulo 1. Não se esqueça, nossa planta sempre mistura sexo com amor, demonstre o mesmo. Virar de lado e dormir, ao invés de um pouco de conversa trivial, será imperdoável.

Pág. 340. Capítulo 4. Nunca se esqueça que os homens precisam de amor.

Victor Tales.
 


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sábado, fevereiro 19, 2005,
 

A casa de três jardins

Casa. Viva casa. Tem pai, mãe, irmãos e tia. Quando me perguntam como é a minha casa, eu digo que ela é parte da família, pois ela está lá desde não sei quando; Flertando com a minha vida.

Primeiras janelas. Quem sabe rotas de fuga, até ver a distância que as separava do chão; Descobri que não eram tão seguras. De segundas coisas não me lembro, as primeiras tomam esse lugar de assalto, dessas; as janelas. Ainda cuido delas, pois são primeira imagem que depois de mamãe é das mais importantes pessocoisas na minha vida.

Porto seguro. Brincadeiras de pião ainda rugiam gargalhadas, bolas ainda quebravam vidraças e a solidão chegava a ter graça. Havia um lugar que me metia medo, era um corredor que separava os quartos, pois ele separava tão bem os quartos das pessoas que amava de mim; Que achava que nunca mais iria vê-las.

Portas de carvalho. Rústicas e pesadas. Como meu pai. Eu fiz delas parentes separados, pois como nunca tive meus avós, elas faziam esse papel. Quando nelas deitava a cabeça e chorava quando queria doce, as lambia, pois o gosto de madeira velha era para mim feito doce de abóbora.

Inveja. Que inveja de papai. Sabia que ele mandava na minha casa, mas um dia eu seria grande; E enfim, ia fingir de rei no trono da sala; Onde família, se reunia e ria, mas minha mãe sempre calada.

Mamãe. Eu a admirava. Ela cuidava da minha casa, dava banho, carinho e atenção, colocava jóias que eram verdes e com pontas cheias de cores. Ela amava minha casa e eu como amava minha mãe.

- Meu pai. Dois passos e foi embora, hora aquela que a comida estava quente na panela. Mamãe ainda sabia de cor a receita de bolo da minha avó paterna, que lembro bem mancava da perna. Cada cômodo da casa respirava e falava como se todos tivessem asa, ou não? O chão tinha dores nas costas, pois pisavam ele com suas botas, as portas tinham a boca partida ainda se ouvia suas dores e rangida. As janelas, que bobas elas, podiam fugir e ficavam lá, esperando o porvir. Fecho os olhos e vou dormir. Só sei disso, mas as chaves, são como aves. Um Sabião.

Casa. Só desejo em ferro bruto; areia fundida na terra. Ser celeste; quem sabe fruto.
 


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sexta-feira, fevereiro 11, 2005,
 

O Sapo de São Paulo

Clique aqui para ouvir (voz de Victor Tales)

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Cabeça de medusa
o que ama vira pedra
flor, homem ou ar.
Uns a chamam de lar,
de monstro ou musa.

Chamo-te de máquina
óleo, diesel e gasolina!
É combustão que gira
o coração de mentira.

Victor Tales

 


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segunda-feira, fevereiro 07, 2005,
 


Eu e o amor da minha vida, achei essa foto carinhosa e decidi colocar ela aqui.
 


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Estetas

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É mito do artista,
o tal do grito niilista.
Dançar com a mentira,
cantar como quem atira.

Fazer-se surdo e mudo,
e ser absurdo em tudo.
Até nascer e renascer,
e viver de aparecer.

Cagar em cima da razão,
e falar sim dentro do não.
Morrer e então perceber.
- Onde é que fui me meter?

Victor Tales

 


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domingo, fevereiro 06, 2005,
 



É só alegria!






 


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quarta-feira, fevereiro 02, 2005,
 

Siririca

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Siririca me belisca,
Siririca me rabisca.
Dedilha a minha nina,
Sardinha a minha sina.

Roça a moça e coça,
poça a troça e choça.
Instiga faz figa, liga,
Abriga faz pinga, xinga.

Grita dita periquita,
Aflita dita cabrita.
Abraça a taça, traça,
Avança a raça, graça.

Victor Tales

 


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